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Dor e Glória: terna e delicada autobiografia

  • Foto do escritor: JORGE MARIN
    JORGE MARIN
  • 19 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Dor e Gloria é um dos filmes mais ternos e delicados do diretor Pedro Almodóvar. Autobiográfico, e tendo Antonio Banderas como seu alter ego, a história trata da glória do passado e das dores do presente. O diretor de cinema Salvador Mallo (Banderas) torna-se um homem idoso e afasta-se da profissão, encarando doenças, depressão e declínio do seu sucesso.

O filme tem início com Salvador mergulhado, no presente, em uma piscina. Em silêncio e sem respirar, não se pode dizer com precisão se ele está vivo ou morto. A fluidez da água mistura-se à de outra água, esta do passado, onde o diretor, ainda menino, acompanha a mãe lavadeira e suas colegas no seu trabalho e nas suas canções.

A primeira narrativa do filme é entre um diretor espanhol e um ator que se tornou uma estrela ao protagonizar seu filme Sabor. A história, que poderia ser a relação de Almodóvar com Banderas, é agora revivida com Banderas no lugar do diretor e com um ótimo Asier Etxeandia no papel de Alberto Crespo, o ator com o qual Mallo não conversava há 30 anos por achar que a droga havia prejudicado sua performance.

A relação se refaz, mas os afetos são tensos, cortantes, culminando com Crespo utilizando o dragão (heroína) e Salvador pedindo para experimentar a droga. O que se segue é uma viagem ao passado onde a mãe do diretor (Penélope Cruz) está com ele ainda garoto numa estação ferroviária de onde viajarão para a encontrar o pai em outra cidade.

Na volta ao presente, um exercício de metalinguagem transforma O Vício em texto confessional de Salvador que é cedido para uma apresentação teatral sob forma de monólogo, por Alberto. Durante a apresentação, um homem chora. No camarim, ele se revela como Federico (Leonardo Sbaraglia), o grande amor da vida de Salvador, numa interpretação comovente.

Com a saúde cada vez mais debilitada, o diretor realiza um exame médico definitivo. Haverá salvação para Salvador? A cena da estação ferroviária com o menino e a mãe se repetem, não mais como uma reminiscência, mas uma outra história.

 
 
 

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