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Bacurau: metáfora em diferentes linguagens

  • Foto do escritor: JORGE MARIN
    JORGE MARIN
  • 24 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Bacurau é um extraordinário filme brasileiro, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Nome de um pássaro, não de um passarinho, que é bravo e sai à noite, Bacurau é uma cidade literalmente esquecida do sertão do estado de Pernambuco.

Tão esquecida que não tem água potável, nem vacinas, nem livros nas escolas. Tão esquecida que caixões passaram a ser itens da cesta básica, e as notícias chegam via whatsapp ou através de um DJ estrategicamente estacionado na entrada da cidade.

A história tem início com o retorno de Teresa (Barbara Colen), de carona em um caminhão-pipa, para o enterro de sua vó Carmelita (Lia de Itamaracá), a matriarca da vila e líder religiosa. Presume-se uma tensão entre religião e ciência durante o velório, na reação explosiva de dona Domingas, a responsável pelo posto de saúde, vivida com maestria por Sônia Braga.

Após o velório, fatos estranhos começam a acontecer: uma lambreta pilotada por um curandeiro indígena é perseguido por um disco voador, o caminhão-pipa é atacado a tiros, a cidade desaparece do Google Maps e vários corpos, inclusive de crianças, começam a aparecer nas proximidades.

Um casal de brasileiros (Karine Teles e Antonio Saboia) que se diz “do sul, daquela parte mais rica do Brasil onde existem colônias europeias” chega à cidade fazendo trilha e instala um artefato que silencia todos os celulares. Descobrimos que estão a serviço de um grupo de americanos, estabelecidos numa fazenda próxima que, sob a chefia do alemão Michael (Udo Kier), estão dispostos, e armados com armas vintage, a dizimar toda a população da aldeia.

Um dos moradores, Pacote (Thomas Aquino), busca a ajuda do bando de Lunga (Silvero Pereira) que estava escondido nas proximidades, para defender a cidade.

Quando a carnificina tem início, o alemão se coloca na periferia da cidade com um fuzil de precisão apontado para as ruas. Curiosamente, neste ano de 2019, após a estreia do filme, cinco crianças de comunidades pobres foram assassinadas por policiais no Rio de Janeiro.

 
 
 

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