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O Quarto do Filho: choro calmo e lento

  • Foto do escritor: JORGE MARIN
    JORGE MARIN
  • 20 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de fev. de 2022


Quando recebeu a “Palma de Ouro”, grande prêmio do Festival de Veneza em 2001, O Quarto do Filho foi criticado por muitos exatamente por algumas das suas melhores qualidades. Tido como sentimental, simplista e comum, o filme estabelece uma empatia com o público que permite um choro calmo e lento durante muitas cenas.

Essa cumplicidade acontece porque, embora compartimentados por portas, como a que divide a casa da família Sermonti e o consultório do pai, os assuntos se interpenetram e se cruzam a ponto de influenciar o destino dos personagens.

Nanni Moretti, o diretor, atua como Giovanni, um psicanalista que escuta diversos pacientes com uma aparente desconfiança no processo de recordar, repetir e reelaborar. Assim, cumpre a tarefa mecanicamente, chegando mesmo a divagar.

Terminados os atendimentos, Giovanni atravessa a porta que divide o consultório com a casa e mergulha nos problemas domésticos. Ele e sua esposa Paola (Laura Morante) estão preocupados com seu filho Andrea (Giuseppe Sanfelice), que foi acusado de roubar um fóssil do laboratório de ciências da escola. Ele nega. A filha, Irene (Jasmine Trinca), estuda latim com seu namorado esquisitão.

Quando ocorre o acidente fatal com Andrea, a família meio que se quebra. É impressionante a cena em que, no meio de um ataque no jogo de basquete, Irene se detém surpresa pela presença do pai (que foi dar a trágica notícia), e a princípio sorri, para depois ficar completamente paralisada.

A questão que surge é: como continuar levando a vida da mesma maneira? Como um profissional que acolhe a dor dos outros pode continuar exercendo a profissão a despeito de sua própria tragédia pessoal? Giovanni tenta alhear-se, tem um ataque de choro durante a sessão com uma obsessiva-compulsiva, e acaba culpando o paciente com câncer pela morte do filho.

Certo dia, do nada, chega uma carta de Arianna (Sofia Vigliar) que mantinha uma conexão com Andrea. A entrada em cena dessa personagem, até então desconhecida por todos, dará uma serenidade e uma nova perspectiva ao luto.

 
 
 

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